Por Rev. Áureo Bispo dos Santos
12/07/06
INTRODUÇÃO
As reflexões e os estudos sobre a natureza e a operação do Espírito Santo têm sido quase que esquecidos após os períodos apostólico e pós-apostólico, obscurecido pelas as ênfases na Cristologia (natureza divino–humana de Jesus), tornando-se a terceira pessoa da Trindade, apenas um item do credo apostólico (“...concebido por obra e graça do Espírito Santo”) uma lembrança na repetição da benção apostólica (“Em Nome do Pai do Filho e do Espírito Santo”) expressos nas manifestações litúrgicas das igrejas cristãs e nos diversos credos.
O interesse pelo ministério e ação do Espírito Santo ressurge nas instituições teológicas, universidades, igrejas e organizações ecumênicas a partir dos grandes avivamentos religiosos do século XIX e na emergência dos movimentos chamados
Pentecostais, Neo-pentecostais e Carismáticos no início do século XX até hoje.
Este estudo visa a oferecer uma despretensiosa colaboração a estudantes de teologia e membros de comunidades cristãs que desejam conhecer melhor o tema já referido.
1. Conceituação
O termo Espírito Santo pode ser conceituado a partir de dois (2) enfoques: primeiro, o lingüístico Ruah (Espírito) no hebraico e Pneuma (Espírito) no grego traduzido por vento, ar, sopro; e, segundo, o bíblico-teológico:
Ruah Yavé (Espírito de Javé) ou Espírito de Deus (Gen.1:2, Isa.32:15) e Ruah Gadosh (Espírito de Javé) ou Espírito Santo (Sal. 51:11 e Isa. 63:10) ambos significando que o Espírito Santo é o Espírito de Deus no Antigo Testamento e o Espírito do Senhor Ressurreto ( II Cor 3:17 e18 e Gal.4:6) no Novo Testamento e ainda é a 3a. pessoa da Trindade, fruto da reflexão teológica da Igreja sobre os atos salvíficos de Deus revelados nas Escrituras que levaram os teólogos a formularem a doutrina da Trindade aceita pela Igreja Cristã através dos tempos.
Personalidade e posição do Espírito na Trindade – Experiência Trinitária do Espírito.
A definição lingüística do termo Espírito como ruah (hebraico), vento, sopro ou ar, sem a contextualização bíblico- teológica permitiria ver o Espírito, simplesmente como uma energia impessoal e física. Ao passo que a reflexão bíblico-teológica revela que o Espírito é um Deus pessoal, dinâmico, ativo, inteligente e amoroso, criador dos céus e da terra e Senhor- Soberano sobre todo o Universo. O Espírito Santo é o Espírito de Cristo Ressurreto que se tornou carne e osso. Não ocupa uma posição inferior e subalterna ao Deus Pai e ao Deus Filho. Mas, sim uma posição de igualdade e com o mesmo poder.
A Bíblia não desenvolve uma doutrina da Trindade. Mas, a Igreja Cristã tem através dos séculos, debruçado sobre estas mesmas Escrituras e tem descoberto aí as maneiras diferentes de Deus agir e, a partir desta reflexão, tem formulado a Doutrina Trinitária. Não se pretende neste trabalho, fazer uma exaustiva reflexão sobre o lugar do Espírito Santo na Trindade. Este estudo se restringe a uma visão geral sobre a posição do Espírito e ao mesmo tempo, a busca de um entendimento da relação do Espírito Santo com o Deus Pai e o Deus Filho, como é apresentado nas Escrituras.
Quando se fala de Pai, Filho e Espírito Santo não se refere a uma parte de Deus, outra do Filho e, ainda outra do Espírito, ou de um Deus diferente. Mas, de um só Deus: O Pai, o Filho e o Espírito Santo é Deus; todos são um e o mesmo Deus, expressando-se, simultaneamente de diferentes maneiras (Heb.1:1-3). Um Deus em três pessoas significa um Deus que age em três diferentes formas de existência como um único Deus.
É a ação redentora de Javé que se revela através dos atos salvadores que se realizam na História da Redenção conforme se verifica no Antigo e Novo Testamentos. É um mesmo Deus que age como Pai, como Filho e como Espírito Santo em diferentes momentos.
O Espírito Santo e Javé em sua missão redentora.
O Espírito Santo executa a sua atividade redentora ungindo e inspirando os profetas, juizes e reis para exercerem sua missão de liderança junto ao povo de Israel (Gn.41:38,Juizes 3:10,cf.Miq.12:36,Atos 4:25,28:25,II Pedro 1:21)
Há certas características da ação do Espírito de Deus que merecem ser mencionadas:
O Espírito de Deus aparece no V.T, como criador e soberano (Gen.1:1 e Isa. 42:5) sobre o povo de Israel e, também sobre outros povos (Isa. 42:1 e Jer.27:6). O salmista identifica o Espírito de Deus como o Espírito Santo pela
primeira vez no V.T. (Sal. 51:11). Isa. 11:2 e 61:1 e Miq. 3:8 consideram a sabedoria e o entendimento como dons do Espírito de Deus.
No V.T., o Espírito ainda não repousa sobre todo o povo de Israel. Mas, só sobre indivíduos. Este derramamento é apenas uma aspiração e uma promessa (Num. 11:24 e Joel 2:28). O Espírito não é um agente permanente na vida das lideranças escolhidas por Javé. Ele intervém, acidentalmente animando estes líderes para conduzirem Israel. Todavia, há momentos em que, o Espírito, também os abandona (I Sam. 10:6 –11; 11, 11:6 e 16:14).
Raramente, a expressão Espírito Santo aparece no Antigo Testamento. Geralmente surge como espírito ou espírito de Deus. Já no Novo Testamento, é uma constante como se verá a seguir.
O Espírito Santo e Jesus
A presença e ação do Espírito na vida, missão, morte e ressurreição de Jesus
São, intimamente relacionadas, inseparáveis e constantes. Contudo, diante da
natureza deste trabalho, limitar-se-á a salientar os seguintes aspectos:
4.1 A concepção de Jesus
Mateus e Lucas registram que o nascimento de Jesus é geração do Espírito Santo (Mat. 1:18-20 e Luc 1:31-35). Jesus é concebido para exercer a missão salvífica do mundo.
4.2 O Batismo.
De acordo com os quatro evangelistas (Mat.3:13-17,Mc.1:9-11,Luc. 3:21-22 João 1:31-33), no momento do batismo de Jesus por João Batista, o Espírito de Deus desce sobre Ele, em forma corpórea e a voz do céu testemunha que Jesus é o “Filho amado” de Deus.
Os Evangelhos assinalam que Jesus tem a plenitude do Espírito Santo permanentemente. Nisto está a diferença entre Jesus e os líderes da Antiga Aliança onde a presença do Espírito é acidental e esporádica. Os evangelhos mostram que no período de Jesus, (especificamente Luc.16:16), o Espírito centraliza todo o seu poder unicamente Nele e no seu ministério. No V.T. o homem é possuído pelo Espírito, enquanto Jesus o possui já desde o nascimento.
4.3 A Tentação
Marcos e Mateus ressaltam que, em certos momentos na vida de Jesus, o Espírito é o agente, evidenciando certa passividade de Jesus nesta relação em que, é “possuído” e “conduzido” (Mat.4:1 e Mc. 1:12 e 13); já Lucas salienta o aspecto ativo e dinâmico em que Jesus é “possuidor”
(Luc. 4:1) (“Jesus, cheio do Espírito Santo é levado no Espírito” - PNEUMATI – no grego e não pelo Espírito – TÔ PNEUMATI – Mc.1:12).
4.4 A Ressurreição
No evento da ressurreição, constata-se uma relação, aparentemente contraditória: Enquanto Jesus –Morto é ressuscitado pelo Espírito (Rm 8:11), após a ressurreição o Senhor ressurreto é o doador do Espírito (Luc. 24:49, João 20:22 e Atos 2:33). No primeiro momento , a passividade de Jesus alcança uma dimensão –limite, enquanto no segundo, a atividade, também atinge a dimensão limite. Como entender esta contradição? Esta divergência registrada nos sinóticos e, posteriormente em Paulo, deve ser interpretada a partir dos seguintes enfoques: primeiro, há uma identificação entre o doador e a dádiva, ou seja, o Senhor ressuscitado e o Espírito Santos aparecem como uma só realidade, uma só pessoa (Luc.12:12;21:15, Atos 10:14 e 14;16:17; Rom. 8:4, 2Cor. 3:17 e 18 Gal. 4:6). Contudo, esta identificação não deve ser entendida absolutamente, pois nos três períodos da redenção (Lei e os Profetas, Jesus e a Igreja), há ocasiões em que as funções específicas do Pai, Filho e Espírito Santo se evidenciam mais salientes do que em outras; segundo, esta relação ativo –passiva deve ser interpretada dialeticamente, isto é, há instantes em que os autores do NT, ora enfatizam a dimensão ativa, ora a passiva; terceiro, os mesmos evangelistas e apóstolos vêem Jesus como o centro de todo o plano salvífico para o qual todas as atenções se devam volver e, para eles, é a própria missão do Espírito Santo levar Jesus a ser reconhecido, exaltado e aceito pelos homens.
5. O Espírito Santo e a Igreja
O Espírito cria a igreja no dia de Pentecostes (Atos 2:1-13) de acordo com a promessa profética (Joel 2:28) e do Senhor Ressurreto (Atos 1:5-8) com características e missão definidas. Este mesmo Espírito é o que a cria, regenera, santifica e dinamiza.
Quanto à questão de quem cria a Igreja se é o Espírito Santo ou o Senhor Ressurreto, já se constatou que os evangelistas e Paulo identificam o Senhor Ressurreto com o Espírito Santo nas ações redentoras. Daí que, ora é o Senhor que promete mandar o Espírito, sopra–o nos apóstolos (João 20:2-22) e acrescenta novos membros à Igreja (Atos 2:4), ora é o Espírito Santo que cria, guia os apóstolos e evangelistas na obra missionária (Atos 4:8,6:10,8:29,10:19,13:2-4,20:24), inspira as decisões e exortações que levam à unidade da Igreja (Atos 15:28 e Ef. 4:1-6), estabelece os ministérios (Ef. 4:7-16) necessários à comunidade (Atos 6:6, 20:28) e inspira as escrituras e fala através dela (Heb. 3:7;9:8 e 10:15). Portanto, nesta relação Espírito –Igreja –Senhor Ressurreto, sempre se deve levar em conta que o Espírito Santo é o Senhor Ressurreto que cria a Igreja. Com este entendimento, pode-se partir para examinar a mensagem do Pentecostes. Este evento revela, claramente que a Igreja deve viver e proclamar: primeiro, a unidade de todos os povos e raças (Judeus, Egípcios, Romanos, Gregos, Árabes, etc. - Atos 2:9-10, Samaritanos- 8:4-22, Etíope - 8:26-39 e Cornélio – 10:1-48) e o Espírito leva a Igreja a romper as barreiras raciais e religiosas; segundo, a totalidade na diversidade como fruto do derramamento do Espírito Santo em que todos os membros do grupo se tornaram uma comunidade carismática com uma variedade de dons, sem distinção de idade (jovens e velhos), de gênero (homem e mulher) e classe social (servos e servas – (Atos 2:16-18 e ICo. 12a 14), constatando que estas características sempre aparecem no surgimento das comunidades neo-testamentárias (Coríntios, Gálatas, Éfeso, Tessalônica, etc);terceiro, a unidade de Judeus e Gentios/cristãos (Atos 15:28); no bojo do evento de Pentecostes uma verdadeira mensagem ecumênica expressa em que não só os cristãos, mas também, todos os povos são chamados a unir-se ao redor de um só Senhor que ama a todos sem “acepção de pessoas” (Atos 10:34); quarto, a Igreja recebe u’a missão profética vétero-testamentária (Isa. 61:1-2) – “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me surgiu para evangelizar aos pobres, enviou-me a proclamar libertação dos cativos e restauração da vista aos cegos.
Quando a Igreja, ungida pelo Espírito, para dá continuidade a esta missão em palavras e atos (Atos 2:43-44;3:1-10;5:12-16;6:10;8:28-35); quinto, a contemporaneidade da ação do Espírito Santo na Igreja significa que Ele é livre e independente para operar no presente como operou no Pentecostes tão bem explicitado por João 3:6-8 e Paulo 2Cor. 3:17; e sexto, a Igreja, como criação do Espírito tem de produzir os frutos deste mesmo Espírito como amor, paz, alegria, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gal. 5:22-23 e 25), em contraposição aos frutos do pecado: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas e orgulho (Gal. 5:19-21)
5.1 O Espírito Santos e a Regeneração da Igreja
A regeneração é um ato de transformação da Igreja como um todo e dos seus membros, individualmente pelo poder do Espírito.
Da Igreja
Ainda que a Igreja seja criada pelo Espírito não significa que este ato a torne perfeita. Ela continua a ser uma comunidade de pecadores justificada pela graça e misericórdia de Deus. É, simultaneamente justa e pecadora, vivendo numa tensão permanente, que poderá levá-la para a justiça ou para o pecado. Só o Espírito poderá mantê-la neste equilíbrio dialético. Todavia, tudo vai depender da disponibilidade da Igreja de estar aberta à ação do Espírito. Se por um lado, a história tem registrado que a Igreja, na maioria das vezes, tem-se voltado a viver segundo os ditames da “carne” e, daí, tornar-se endurecida, esclerosada e ossificado por rejeitar a missão para a qual foi chamada; por outro, esta mesma história tem constatado que, há momentos em que a Igreja é sacudida pelo vento do Espírito que a vivifica. A visão do vale de ossos secos de Ezequiel 37 em que o profeta descreve o estágio de morte em que o povo de Israel se encontra; a reforma do século XVI e a expressão da tradição reformada “ecclesia reformata semper reformanda”(Igreja reformada sempre se reformando), explicam, muito bem, o processo pelo qual a Igreja tem passado através dos tempos, de reforma, renovação, revidificação pelo poder do Espírito Santo.
b) Do Cristão(a)
Se a Igreja como um todo passa pelo processo de regeneração, també cada membro desta comunidade. Ele(a) se torna uma nova criatura (2Cór. 5:17); um ser que nasce de novo (João 3:3,8). O Espírito leva o(a) cristão(a) a viver na comunhão dos irmãos (Efé.2:1-5) como filho de Deus (Rm. 8:14-17 e I João 2:20). O Espírito derrama os dons sobre os membros da Igreja para edificação de todos (I Cor. 12:17, IP. 4.10).
O(a) Cristão(a) ainda que salvo(a) por Cristo, continua a ser pecador(a), vivendo semelhante à Igreja, justificado(a) pela graça, mas ainda pecador(a). Paulo chega a expressar esta tensão num grito de tremenda aflição: “miserável homem que sou, quem me livrará deste corpo de morte? (Rom 7:24). A resposta lhe vem em seguida:” a “Graça de Deus me basta” (Rom. 7:25 Ef. II Cór. 12:9). O(a) cristão(a), como a Igreja, está constantemente tentado(a) a viver segundo os desejos do homem velho, nascido segundo o pecado (Rm. 6:6 Ef. 4.24), e, às vezes, “cai na lama”. Porém, o Espírito o(a) levanta, tirando deste lamaçal para uma nova existência (Ef. 4:4) conforme descreve Paulo (Rm 12:1-2). Este(a) novo(a) homem ou mulher recebe u’a missão: É ungido(a) pelo Espírito Santo para dar continuidade à obra de Jesus (Luc. 4:16-21), como participante da Igreja.
5.2 O Espírito Santo, consolador e protetor
Entre a ascensão de Cristo e a sua volta nos últimos tempos, a Igreja e os(as) cristãos(as) não estarão sós como foi prometido por Jesus que mandaria o Espírito (João 20:22) e cumpriu no Pentecostes (Atos 2:1-2). Em vários momentos, a missão do Espírito é de consolação e proteção (João 14:16 – 26;15:26 e 16:7) e de acompanhamento até o fim dos séculos (Mat. 28:20)
6. Espírito Santo e a missão cósmica
O Antigo e o Novo Testamentos apresentam o Espírito Santo como preservador da criação (Gn. 1:2) e o homem como o administrador, mas que, se torna ao longo da história o responsável pela destruição desta mesma criação (Gen. 3:17-20). Os homens e mulheres são partes integrantes desta mesma criação e, também da sua história. Enquanto o Espírito busca preservá-los, eles estão sempre degradando o cosmos.
A ação do Espírito não se limita, somente ao povo hebreu, mas, alcança todos os povos: os faraós e os egípcios (Gn. 41:37-57); a Ciro e os persas (Isa. 45:1) e a Nabucodonozor e os babilônios, (Jr. 25:29, Jn. 3 e 4 e Dn. 4:34-37).
Para Jesus, não é só Israel que tem fé, mas no mundo gentílico, há homens e mulheres que tem mais fé que o povo escolhido, como Ele mesmo afirma diante do centurião romano: “Digo-vos que nem ainda em Israel encontrei tanta fé” (Luc. 7;4).
Para Lucas, o Espírito faz ver a Pedro que Cornélio, gentio romano era homem de fé, temente a Deus, cujas obras eram aceitas pelo Senhor (Atos 10:34-35).
Paulo dá muita ênfase à obra de Espírito Santo na criação e na sua redenção e na do homem como criatura sujeita, também à corrupção (Rm. 8:19-26). Para ele, o Espírito está sofrendo em solidariedade à criação com “gemidos inexprimíveis” para libertá-la da destruição. Em Paulo, o homem é parte desta criação e o seu corpo é o sinal visível desta inserção. Ele é como a micro-criação.
O homem tem devastado, poluído, degradado e destruído o Universo. O Espírito está lutando, incansavelmente para impedir esta terrível catástrofe, pois a criação é não só a morada dos homens, mas também a do Espírito. Ele está agindo com todas as forças no mundo e na Igreja, despertando e conclamando homens, mulheres e organizações, em toda a parte, até a ponto de sacrifício em favor desta natureza cambaleante. Esta é portanto u’a missão cósmica importantíssima e urgentíssima que a Igreja e os(as) cristãos(as) estão sendo chamados(as) a exercê-la hoje.
7- O Batismo do Espírito Santo
De acordo com Lucas e Paulo o batismo do Espírito Santo é visto como:
a plenitude do Espírito na vida dos discípulos “foram cheios do Espírito Santo” (Atos 2:4 e 1:5);
a incorporação do cristão no corpo de Cristo – a Igreja (Atos 2:1-21; 10:44-48);
a recepção da dádiva das bênçãos oriundas da vida, morte e ressurreição de Cristo (Rm. 4:25;2Co. 5;25 e Gal. 3:13); e, também do Reino de Deus já inaugurado, mas que, ainda será estabelecido, definitivamente num futuro determinado por Deus (Atos 1:6-7); e
a garantia de que o cristão, certamente irá participar deste Reino Escatológico (2Cor. 1:22 e 5:5).
Em síntese, viu-se que o Espírito Santo é o criador e mantenedor da criação; o inspirador e iluminador de lideres políticos e religiosos não só do povo de Israel, mas também de outros povos;que gera a Jesus e que o unge para cumprir a missão salvífica de acordo com o plano redentor de Deus; que o ressuscita dentre os mortos para ser o Senhor de tudo e de todos; que cria a Igreja para dar continuidade à missão de Cristo; que transforma e renova a criação, a Igreja e homens e mulheres que, ungidos (às), são chamados (as) ao serviço de implantação do Reino de justiça, paz e amor entre os homens e toda criação. Percebe-se, nesta missão, a existência de uma perfeita harmonia entre Pai, Filho e Espírito Santo, alcançando a sua culminância na grande comissão dada aos discípulos: “Ide ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, Filho e do Espírito Santo” (Mat. 28:19).
Bibliografia:
Boff, Leornado. Igreja, Carisma e Poder. Petrópolis: Vozes, 1982.
César, Waldo; e Shaull, Richard. Petencostalismo e Futuro das Igrejas Cristãs, Vozes e São Leopoldo: Sinodal; Petrópolis: Vozes, 1999.
Rolim, Francisco C. Pentecostalismo: Brasil e América Latina. Petrópolis: Vozes, 1995.
Santos, Áureo Bispo dos. O Espírito Santo Hoje. São Paulo: Imprensa Metodista, 1975.
Von Allmen, Jean-Jacques. Vocabulário Bíblico (Trad.), São Paulo: ASTE, S/d.
Autor do artigo:
Áureo Bispo dos Santos
Pastor na Igreja Presbiteriana Unida do Brasil – IPU
Professor do Instituto de Educação Teológica da Bahia – ITEBA
Doutor em Teologia (PhD) San Francisco Theological Seminary, California, E.U.A., 1967
Doutor em Filosofia e Livre Docente, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, Pernambuco, 1975
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
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